Gusttavo Lima diz que 'tchê tchê rere' inovou mercado sertanejo e mira sucesso internacional
Vamos tirar muita gente do armário', diz cantora de As Bofinhas, dupla lésbica de sertanejo universitário
César Menotti & Fabiano comemoram 10 anos de carreira com novo DVD e versão do Legião Urbana
César Menotti & Fabiano comemoram 10 anos de carreira com novo DVD e versão do Legião Urbana
E a situação tende a se acentuar. Após ter passado por 20 países no ano passado, o intérprete de Balada, aquela do "tchê tchê rere tchê tchê", Gatinha Assanhada e outros hits do pop sertanejo, o músico está para lançar um álbum inteiro cantado em espanhol.
Aos 23 anos, Lima tem o braço lotado de tatuagens e se veste como um garoto fashionista, de jeans, boné, jaqueta de couro e camiseta Armani, se afastando do estereótipo de cowboy. Ainda assim, diz que seu sertanejo "é muito tradicional". Talvez, nem tanto, porque ele avalia que o sucesso de Balada impulsionou a uma série de músicas no mesmo estilo.
A reportagem do Virgula Música conversou com ele na Jovem Pan FM. Leia a seguir a entrevista, em que ele fala sobre a surpresa com o sucesso internacional, a responsabilidade de ser uma estrela e declara ter como ídolos Zezé di Camargo & Luciano, Bruno & Marrone, Chitãozinho & Xororó, Trio Parada Dura, entre outros.
Você está gravando em espanhol, quais são os planos, atingir o mundo? Você acha que tem a ver a língua espanhola com o seu som?
Na verdade, a gente nunca pensou em uma carreira
internacional, a gente nunca fez isso. E acabou acontecendo pelo fato de
tchê tchê rere tchê tchê, a Balada, estourar lá fora. No ano
passado estivemos em 20 países, a gente passou pela Europa inteira, no
México a gente fez dois shows, sendo no estádio Azteca, na Cidade do
México, numa quarta e numa quinta-feira, lotou. Num dia,
a gente colocou 110 mil pessoas e no outro, 87 mil pessoas, em um
estádio. Coisas que a gente não imaginou. E o Gusttavo Lima tocando
sozinho.
E a Balada foi o que abriu as portas, a gente nunca tem em mente fazer uma carreira internacional. A Balada começou a tocar sozinha lá fora.
Você desconfia de por que essa música teve um apelo tão forte?
Acho que porque é diferente, tudo que é diferente é
legal. No mercado não tinha isso, não tinham músicas desse jeito. Até
pelo fato de depois que a gente lançou, vieram várias músicas do mesmo
jeito, como Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha, Baraberê, Lê Lê Lê. Então, deu certo uma, e a galera veio e acabou que deu certo também com esses outros artistas. Artistas supertalentosos.
Você acha que isso é uma tendência do mercado ou foi só um momento ali?
Não, eu acho que se fosse só uma tendência a gente não tinha emplacado outra música, que é Gatinha Assanhada,
hoje com certeza a música brasileira mais tocada fora do país. Estava
em Paris agora, e ela está em primeiro lugar em várias rádios, em toda a
Europa.
E, já que aconteceu, a gente não fez nenhum trabalho lá fora e aconteceu sozinho, por que não gravar um disco em espanhol e trabalhar uma carreira internacional lá fora?
E agora nós estamos fazendo um trabalho muito
sério, com a Sony Music, que é nossa gravadora lá fora, um puta de um
disco, um disco maravilhoso, a gente está pegando 12 músicas do Gusttavo
Lima, que as pessoas já conhecem e que já deu certo. E a gente está
gravando em espanhol para soltar lá fora, músicas como Gatinha Assanhada, Balada, Inventor dos Amores, a maioria das músicas.
E você tem alguma influência da música latina no seu som?
Eu gosto de vários artistas, não só desses países latinos, como Luis Miguel, um cara que tem uma pegada latina muito forte, que é o Alexandre Pires,
faz um sucesso incrível lá fora. Acho que tem um pouquinho de cada
coisa. Você pega um pouquinho de cada coisa e monta o seu estilo.
Seu visual é bem diferente do estereótipo
que se imagina para música sertaneja. Isso aí tem impacto também no seu
som? Você faz um sertanejo fashion?
Não. O meu sertanejo é muito tradicional. Lógico
que tudo que a gente colocou no mercado, o mercado consumiu muito fácil,
muito rápido. Desde o primeiro disco, o primeiro CD, o primeiro DVD. As
pessoas consumiram e o visual também foi acompanhando essa mudança.
Mas o visual é uma coisa que tem a ver com o som ou uma coisa particular sua mesmo, as tatuagens?
É uma coisa minha mesmo. Tatuagem, boné de aba reta.
Geralmente se imagina um roqueiro assim, um artista pop. É para mostrar os novos tempos?
Com certeza. Acho que não precisa andar como os
artistas da década de 90, você não precisa andar o dia inteiro com
aquele visual. Chapéu, bota. Durante o dia acho que pode não usar e
pensar em um negócio diferente. Mas nos palcos, no show inteiro, eu
sempre faço questão de manter a identidade e o tema do sertanejo, que é
bota, calça apertada.
De uma forma ou de outra, isso vem de muito antes.
Se você pegar Zezé di Camargo & Luciano, Bruno & Marrone,
Chitãozinho & Chororó, o sertanejo é um country, como se fosse um
country americano, com o jeito de ser vestir. Mas acho que no dia a dia
dá para dar uma ousada, ficar mais tranquilo.
E seu disco novo, que você está fazendo com Zezé Di Camargo, dá para adiantar alguma coisa aí?
Vai ser a primeira vez que eu gravo um disco, que
eu gravo um CD em estúdio. E, por incrível que pareça, não vai ser um CD
ao vivo, vai ser um CD de estúdio, então, não vai ter público nenhum
participando. É uma coisa que eu sempre tive vontade de gravar, com um
repertório trazendo músicas parecidas com o segundo DVD e o terceiro
DVD, que a gente gravou em São Paulo ao vivo, no Credicard Hall. Só que a
gente vem com a linha romântica, resgatando um pouco do primeiro DVD,
que veio com muitas músicas românticas. Então, praticamente 60% desse
novo CD virá com músicas românticas, músicas que eu gosto de cantar
mesmo.
Que músicas?
O repertório é todo inédito. Mas músicas que tenham
muita melodia, muita letra, que tenha muito sentido. Toda música que
você lança, tem uma sensibilidade muito grande para quem vai ouvir e
para quem vai se identificar com essa música.
Às vezes, você solta uma música que não tem letra
nenhuma, mas que vai tocar algumas pessoas. Porque vai servir para elas.
Uma música que você faz para a balada, uma música que você faz para a
galera ir para a festa. De uma forma ou de outra, as pessoas vão colocar
essa música para sair no carro e vão se sentir felizes. De estar indo
para um show, para uma balada.
E tem esse outro lado da música romântica, que tem
muita letra, que tem muita melodia e que vai servir no dia a dia, de uma
forma ou de outra como inspiração, como força, e como a gente sempre
fez.
A tia Maria, que trabalha no Virgula e veio
aqui te ver, me disse que o neto dela, que também se chama Gustavo,
perguntou para ela: “vó, será que eu eu vou ser o Gustavo Lima um dia?”.
E ela respondeu: “vai, sim”. Que dica você daria para ele e para uma
criança, um menino como você foi, que começou a carreira bem jovem, e um
dia sonha em ser o Gusttavo Lima?
É complicado. Por isso que a gente se policia cada
vez mais, cada dia mais, a gente nos vigia para não cometer um erro,
cometer uma besteira, não fazer nada de errado porque isso repercute
demais. Para muitas pessoas, você é um espelho e tudo o que você fizer,
eles vão fazer.
Hoje, graças a Deus, nós somos campeões de fã-clube
no Brasil inteiro, são mais de 3 mil fã-clubes. E tudo o que a gente
coloca, “galera, vamos votar isso aqui”, todo mundo vota. Tudo o que
você faz, eu vou cortar o cabelo, todo mundo corta. Então, é tipo assim,
você tem que se policiar.
E o que você diria para essas crianças, estudem?
Vai estudar! Acho que não tem forma nenhuma mais de
uma criança crescer que estudar. Fazer um curso, enfim, acho que a
forma mais segura para um ser humano é o estudo, fazer uma faculdade,
estudar direitinho. E, pô, se não quiser de verdade também, então vamos
cantar. Dependendo, de uma forma ou de outra, cantar é bacana, cantar é
bom. E quando a gente tem ídolos, igual eu tenho, você se inspira. Você
se inspira não só pelas músicas, mas pela história de vida, tudo que
esse artistas passou. O ídolo é isso.
E quem são esses seus ídolos?
Zezé di Camargo & Luciano, Bruno & Marrone, Chitãozinho & Xororó, Trio Parada Dura, alguns.
Veja Gusttavo Lima, em Gatinha Assanhada
Gusttavo Lima, em Balada
Gusttavo Lima, Doidaça
tudo sobre:
Você também vai gostar de:
formula-truck
Fã de automobilismo, cantor Gusttavo Lima investe em equipe da Fórmula Truckelenco-ecletico
Além de Neymar, Gusttavo Lima também participará de 'Amor à Vida'polemica
Gusttavo Lima pede desculpa aos fãs: "Quem escolhe a música jamais se aposenta"gingado
Regina Duarte estará no Dança dos Famosos